Vodafone Mexefest: Músicas do Fim do Mundo
Se a lendária Elza Soares trouxe a sua música do fim do mundo, Branko levou o público até ao fim do mundo numa viagem audiovisual que terminou com "Reserva para dois", o hit que contou com a presença de Mayra Andrade em palco a fechar esta edição do Vodafone Mexefest.
Quem assistiu ao momento em que Elza Soares pôs o Coliseu inteiro a cantar: você vai se arrepender de levantar a mão para mim e à morna que Mayra Andrade improvisou sozinha em palco já depois de ter terminado o seu concerto, bem se pode dizer que viveu a alma e o espírito deste festival.
Se na primeira noite a chuva deu tréguas à multidão que circulou pela Avenida da Liberdade, na segunda houve que conviver com os aguaceiros o tempo quase todo. Nada que afetasse a lotação das salas que estiveram sempre bem compostas.
Ficam na memórias as vozes da nova soul que passaram pelo Coliseu, Gallant no masculino e NAO no feminino. Pelo palco Vodafone.FM da Estação do Rossio passou Baio na sexta à noite e Kevin Morby no sábado, dois nomes que provaram ao vivo a qualidade e validade dos seus álbuns editados este ano e que figuram entre os melhores de 2016.
Destaque ainda para o regresso de um velho conhecido, belo concerto de Howe Gelb na Casa do Alentejo.
A grande novidade do festival foi a devolução do Cine-Teatro Capitólio do Parque Mayer à cidade. Está bonito por fora e funcional por dentro. Encheu para a vertente mais hip hop de Mike El Nite & Nerve, Talib Kweli e Diamond D & Large Professor.
Nota positiva para as passagens da brasileira Céu no cinema São Jorge e para o concerto dos Jagwar Ma a encerrarem a noite de sexta no Coliseu.
Já se sabe que este Festival tem uma história diferente para cada pessoa que o vive, é impossível ver tudo mas a experiência é sempre recompensadora. Estes foram os nossos destaques e, muito provavelmente, no próximo ano vamos ter por cá alguns destes nomes que brilharam no Vodafone Mexefest.