Aproveitar o bom tempo e passear ao ar livre no Parque de Serralves. Um impressionante passadiço ao nível da copa das árvores que permite uma experiência de observação e estudo da fauna e flora de Serralves. Inclui acesso a um TreeTop Walk.
Na sua edição de 2018, o Jazz no Parque, em Serralves, apresenta três projetos que contrariam a separação entre o que se considera mais acessível e popular e o que é remetido para o chamado "experimentalismo”. Ainda que de formas diferentes, todos os grupos que vão ao Ténis de Serralves praticam músicas que fazem bater o pé e abanar a cabeça sem que tal implique uma menor preocupação com as questões estéticas ou uma atitude menos inconformista.
Há mais jazz para além do mainstream e da vanguarda e é esse que vamos ouvir nos dias 14 e 21 de julho no Porto.
O início dos anos 2000 marcam uma grande viragem na obra da compositora francesa Éliane Radigue. Após um percurso quase exclusivamente dedicado aos sintetizadores eletrónicos, Radigue inicia a produção de um conjunto de trabalhos dedicados à instrumentação acústica. A primeira dessas obras é Naldjorlak I, e o impulso para a sua criação surgiu em resultado de Radigue ter assistido a um recital do violoncelista norte-americano Charles Curtis.
O título Naldjorlak é uma palavra composta inventada por Radigue mas com referências à língua tibetana, evocando conceitos espirituais budistas de união e de respeito. O ciclo desenvolveu-se entre 2004 e 2009, sempre numa relação com instrumentistas virtuosos, e construído com base na interação e jogo com subtis propriedades e frágeis fenómenos acústicos dos instrumentos.
O ciclo é interpretado pelo próprio Charles Curtis - um dos mais importantes violoncelistas a nível internacional, colaborador não apenas de Radigue mas também de outros grandes compositores como La Monte Young e Alvin Lucier -, Carol Robinson - compositora e clarinetista cuja vida musical multifacetada a tem conduzido entre as grandes salas de concerto da música erudita, colaborações com grandes compositores e coreógrafos mas também pelos contextos mais experimentais -, e Bruno Martinez- o principal clarinetista-baixo na Ópera de Paris desde 1992, que, tendo tocado sob a direção de compositores e maestros como Pierre Boulez, Witold Lutoslawski, Yehudi Menuhin ou Esa Pekka Salonen, se apresenta também frequentemente como solista e músico de câmara em França e um pouco por todo o mundo.